A Grécia Atual
O
território se compõe de uma parte continental, de relevo montanhoso, constituído
de maciços geralmente de grande altitude (Pindo, Olimpo); uma parte peninsular
(o Peloponeso, ligado ao restante da Grécia pelo istmo de Corinto) e uma parte
insular, composta por um grande número de ilhas: as ilhas Jônicas, a 0, e as
do mar Egeu, a SE, agrupadas em três arquipélagos principais (Espórades do Norte,
Espórades do Sul ou odecaneso, e Cíclades); as ilhas de Lesbos, Quios e Samos,
junto à costa turca; e Creta, a maior delas, localizada ao S das Cíclades. O
território continental limita-se ao N com a Bulgária, a Macedônia e a Albânia;
a E com a Turquia e o mar Egeu; ao S com o mar Mediterrâneo e a O com o mar
Jônio. O clima é do tipo mediterrâneo (verões quentes e secos, invernos amenos)
nas regiões de baixa altitude, no litoral e nas ilhas, com invernos mais rigorosos
nas montanhas do noroeste.
Em conseqüência sobretudo do êxodo rural, a população grega, cujo crescimento
demográfico diminuiu em decorrência da queda da taxa de natalidade (hoje inferior
a 15%), concentra-se, em grande parte, nas áreas urbanas (60% do total), em
especial nas aglomerações de Tessalônica e Atenas (a capital agrupa c. um terço
da população), muito mais populosas que as de Patras e Iráklion. A agricultura,
em certas áreas dependente de irrigação, emprega mais de um quarto da população
ativa. E praticada basicamente nas terras mais baixas, onde as condições de
clima e relevo são mais favoráveis. Cultivam-se frutas cítricas, legumes, vinhas,
oliveiras e trigo. No interior, onde os invernos são mais rigorosos, pratica-se
a pecuária ovina. As atividades industriais, com um peso ainda reduzido na economia
do país, ocupam c. 18% da PEA e abrangem o setor extrativista (linhita, bauxita
e um pouco de petróleo), o tradicional setor agro alimentício e o de bens de
consumo não duráveis. As exportações (frutas, azeite de oliva, vinhos, tabaco,
produtos têxteis) totalizam, em valor, c. 50% das importações. As rendas provenientes
do turismo (mais de 5 milhões de visitantes estrangeiros por ano) e das atividades
da tradicional frota mercante (a terceira do mundo) não são suficientes para
compensar o grande déficit comercial do país. A metade dos intercâmbios do país
é efetuada com países membros da UE. Membro dessa comunidade desde 1981, a Grécia
vem tentando superar sua condição de país pobre por meio da modernização da
agricultura e da rede de transportes , mas a economia informal ainda é significativa
no país. Com apoio efetivo e investimentos diretos patrocinados pela União Européia,
a Grécia realizou desde 1993 um enorme esforço de contenção do déficit público
e da inflação, para enquadrar-se nos padrões estabelecidos em Maastricht e poder
iniciar a adoção da moeda única européia (o euro) a partir de janeiro de 1999.
O desemprego, contudo, permanece elevado.