Judô


Luta corporal, adaptada do jiu-jitsu pelo professor japonês Jigoro Kano (1860-1938), em 1882. Considerada a mais nobre das artes marciais, é a única disputada nas Olimpíadas . Os lutadores, ou judocas, são divididos em duas categorias: principiantes (kiu) e mestres (dan). A cor da faixa que amarra o quimono, roupa usada pelos judocas, indica o grau de aprendizado em que se encontram dentro de cada categoria. Os iniciantes usam, nesta ordem, faixas branca, azul, amarela, laranja, verde, roxa e marrom. Para os mestres, as faixas são a preta e a rajada de vermelho e branco, grau máximo de um dan. Para participar de competições olímpicas é preciso ser no mínimo faixa preta. Uma classificação por peso é estabelecida em 1961.
Regras - As lutas ocorrem em uma plataforma de 10 m por 10 m e duram 4 minutos. O objetivo é conseguir um ponto ou ippon, por meio de um destes três golpes: derrubar o adversário ao solo, obrigando-o a colocar os ombros no chão; imobilizar o adversário por 30 segundos, por estrangulamento, levando-o à desistência ou à perda dos sentidos; e “chave de braço”, quando um atleta torce o braço do outro. Se o golpe é quase perfeito - o adversário fica imobilizado por mais de 25 segundos ou cai no tatame mas não com os dois ombros -, o juiz anuncia um waza-ari, ou vantagem. Dois waza-aris correspondem a um ippon.
Há dois outros tipos de vantagem. O yuko corresponde à imobilização do adversário por até 24 segundos, se durar entre 10 e 19 segundos, o juiz anuncia koka. Essa vantagem também acontece quando o atleta é agarrado pelos quadris e vai ao solo; se nenhum dos lutadores conseguir o ippon, vence quem tiver mais vantagens. É proibido enrolar a perna na do outro, chutar e dar golpes na cara ou que resultem em lesão ao pescoço ou vértebras do concorrente. A reincidência nesses tipos de infração podem levar à desclassificação do lutador.
O esporte é regido pela Federação Internacional de Judô, criada em 1952. Chega ao Brasil em 1940, em São Paulo. É uma modalidade que rendeu medalhas de ouro nas duas últimas Olimpíadas: Rogério Sampaio (meio-leve, em 1992) e Aurélio Miguel (meio-pesado, única Medalha de Ouro brasileira em 1988).